Face a recentes acontecimentos que envolvem a empresa alcainense DIELMAR incluindo múltiplos apoios financeiros públicos, processos de insolvência e reestruturações seguidas de despedimentos coletivos, torna-se imperativo exigir clareza e rigor na utilização de fundos do Estado e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A denúncia e exigência é feita pela delegação do partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) de Castelo Branco, que refere que em 2021, a DIELMAR recebeu apoio estatal de emergência no valor de 320 mil euros para evitar a insolvência imediata e preservar cerca de 400 postos de trabalho. Em 2024, já sob gestão do grupo que adquiriu os ativos da empresa, foram atribuídos 7 milhões de euros provenientes do PRR para revitalizar a operação e sustentar a atividade produtiva.
Apesar destes apoios públicos substanciais, a empresa avançou com um despedimento coletivo no final de 2024 e anuncia agora um novo despedimento. Esta sequência de acontecimentos demonstra um possível desvio entre os objetivos dos apoios concedidos — nomeadamente a proteção do emprego e a recuperação económica — e os resultados efetivos.
O RIR considera, em nota de imprensa, esta situação particularmente grave e exige uma Auditoria independente aos processos de insolvência, venda de ativos, reestruturação e aplicação dos fundos do PRR.
Esclarecimento público imediato* por parte do Governo e das entidades responsáveis pela atribuição dos apoios.
Proteção efetiva dos trabalhadores, evitando que fundos públicos sejam utilizados sem que o emprego — objetivo central destes apoios — seja assegurado.
E avaliação de eventuais responsabilidades políticas ou de gestão*, caso se confirme que houve utilização inadequada de recursos públicos.
O RIR reafirma o seu compromisso com a defesa do interesse público, da boa gestão dos fundos estatais e da proteção dos trabalhadores portugueses. “Não podemos permitir que milhões de euros do erário público sejam investidos sem escrutínio, nem que processos opacos possam beneficiar alguns enquanto centenas de famílias ficam sem sustento. O país merece respostas. E o RIR continuará a exigi-las”, lê-se no texto enviado ao Diário Digital Castelo Branco.
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